sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

AMAZON - O menino do cabelo cor de ouro.



Autor: Moacir Torres

Num certo dia chuvoso, um avião particular sobrevoava a Amazônia levando a família de um conhecido garimpeiro, quando de repente houve uma falha no motor, fazendo com que a aeronave se chocasse contra uma enorme árvore.
Segundo informações, não houve sobreviventes, e os tripulantes do avião, formado pelo piloto, pelo garimpeiro, esposa e o filho de três anos foram dados como mortos. Mas, na verdade não foi bem assim. Uma tribo indígena que tinha uma aldeia próxima ao acidente, ouviu o barulho do choque, correram até lá e encontraram o monomotor todo destroçado e em chamas.
Um dos índios levou um grande susto, pois viu um garotinho no meio de uma grande folhagem com um ferimento na cabeça. Então eles o levaram para a aldeia, fizeram curativos com ervas da mata e dias depois ele melhorou e sobreviveu.
Falcão Verde, o chefe da tribo, resolveu colocar o nome de “Amazon” no garoto, pois queria fazer uma homenagem à grande floresta onde eles viviam. Amazon então cresceu e aprendeu todos os costumes daquela tribo.
Cinco anos após o acidente, o menino já com oito anos, corria, nadava, caçava e andava com os outros amiguinhos pelas matas fechadas da imponente floresta Amazônica. Nessas suas andanças ao redor da aldeia, o pequeno Amazon conheceu vários bichinhos. O macaquinho Saguím e o papagaio Ararildo eram os mais apegados a ele. Os dois o acompanhavam em todas as suas aventuras pela selva.
O menino branco vivia pendurado em cipós e andando sobre os galhos das grandes árvores. Sua história foi sendo contada a todos os índios que habitavam a floresta brasileira.
Assim surgiu “Amazon” o menino do cabelo cor de ouro que veio do céu. Assim diziam os índios que o acolheram e ensinaram a respeitar, amar e a proteger a floresta Amazônica e seus habitantes.

O PINTINHO E A MINHOCA


Autor: Moacir Torres

Certo dia Amarelinho encontra uma minhoca.
Assustada, ela tenta retornar para o buraco,
Quando o pintinho a agarra pelo rabo.
Amarelinho puxa, puxa, puxa.
A minhoquinha estica tanto que parece feita de borracha.
Até que Amarelinho consegue tirá-la para fora.
A minhoca ficou apavorada, pois será devorada por ele.
De repente aparece Dona Cobra,
Amarelinho leva um grande susto.
Larga a minhoquinha e sai voando igual passarinho.

domingo, 24 de outubro de 2010

O CAIPIRINHA E SEU PORQUINHO


Autor: Moacir Torres

Quem passar por Boi-Pintado,
Vai se ouvir muito falar
Dum caipirinha e seu porquinho,
Que andavam sempre a cantar.

Onde eles passavam, divertiam
Crianças, velhos e moços,
Com sua violinha afinada
Faziam aquele alvoroço.

Por todos os cantos da cidade
A dupla feliz cantando ia:
Lorenço, o caipirinha,
Fuça-Fuça, o porquinho que o seguia.

Se encontrarem esses dois por aí,
Trate-os com muito carinho e educação,
Pois a recompensa logo virá
Em forma de sons e canção.

Gabi no Paraíso das Crianças

Autor: Moacir Torres

Subimos num arco-íris,
Fomos buscar no infinito
Um lugar de muita paz,
Sem guerras nem conflitos.

Um planeta multicolorido,
Onde olhamos para o horizonte
Vendo os verdes e floridos montes
Com suas belas cascatas e fontes.

Neste lugar não há tristezas,
Só crianças alegres a sorrir,
Pois aqui reina a paz
E a humanidade é mais feliz.

É lindo aonde viemos parar,
Os habitantes são só crianças
Que trazem em suas mentes
Muita paz, amor e esperanças.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A HISTÓRIA DO PEQUENO GABI


A HISTÓRIA DO PEQUENO GABI
Autor: Moacir Torres

Numa pequena cidade, uma jovem mãe, sem condições de criar seu bebê, o colocou em um balaio de bambu e deixou na beira da estrada. Quando alguém passasse por ali, certamente iria ver o garotinho. Chegou à noite e a pobre criancinha chorava de frio e fome, quando surge um carro, então o motorista percebe que havia alguma coisa dentro daquele balaio, parou o carro e foi ver o que era. Assustou-se quando viu aquele bebê de mais ou menos um ano, sozinho e abandonado naquela estrada deserta.
Então ele pegou o garotinho e o levou para a casa. Quando chegou, sua esposa ficou espantada de ver que o marido vinha com uma criança no colo, e foi logo perguntando onde ele a encontrou. Senhor Seixas então contou que estava voltando para a cidade, quando encontrou o bebezinho na beira da estrada.
Dona Gê deu um banho e uma mamadeira com leite quentinho para ele. Por coincidência, o casal tinha uma menininha tão bebê quanto ele e se chamava Geninha.
A família então procurou saber pela cidade quem eram os pais dele, mas ninguém o conhecia ou tinha visto por aquelas redondezas. Senhor Seixas então procurou as autoridades e pediu a adoção do garotinho, que prontamente foi aceita pelo juiz de Montes Verdes. A família toda ficou feliz por terem adotado o menino, e então resolveu dar-lhe logo um nome, daquele dia em diante ele se chamaria Gabi.
Geninha a filha do casal, que tinha a mesma idade que Gabi, ficou super contente em ter um irmão para brincar. Gabi e Geninha cresceram juntos, como se fossem irmãos de verdade. Gabi aprendeu a falar, ler e escrever com facilidade. Seus pais adotivos achavam que ele era um menino super dotado. Ele cresceu ao lado daquela família, que lhe deu todo o carinho e educação.
Passaram oito anos, e num belo dia, Gabi e Geninha retornavam da escola, quando viram num canto de um muro, um cãozinho vira-lata magro, abandonado e com muita fome. Ficaram com pena do animalzinho, e logo trataram de levá-lo para casa. Chegando lá os irmãos banharam e alimentaram o faminto bichinho. O cãozinho estava com tanta fome que chegou até a engasgar.
Geninha e Gabi pensaram em vários nomes para o cãozinho, mas optaram por Fred. Os pais dos garotos quando souberam da atitude dos filhos, ficaram orgulhosos. “Se as pessoas cuidassem mais de seus bichinhos e não os deixassem soltos pelas ruas, talvez não existissem tantos animais abandonados”.
Daquele dia em diante Gabi e Geninha cuidou muito bem do fiel companheiro, o vira-lata Fred.
Dias depois Gabi teve uma idéia muito legal e logo correu para contar à sua irmã.
Ele pensou em organizar, juntamente com Geninha e o pessoal da escola, uma campanha para esclarecer os moradores da cidade sobre o abandono de animais. Toda escola aprovou a idéia de Gabi, e logo começaram a fazer os cartazes e os folhetos que divulgaria a campanha.
Os alunos da escola foram de casa em casa explicando para a população para não deixarem seus animais nas ruas, como também para a adoção de animais que estão abandonados. Foi um sucesso o movimento, e hoje os moradores estão cuidando mais de seus animais de estimação.
O prefeito de Montes Verdes até já aposentou a famosa carroçinha que recolhia animais de rua. Gabi e seus amigos estão felizes, pois conseguiram conscientizar os moradores da cidade e hoje os animais estão todos recolhidos nas casas, e o mais importante, estão sendo bem cuidados.
Siga o exemplo do Gabi, e ajude a cuidar melhor dos animais, pois eles também precisam de amor e carinho. E é claro, um dono para ampará-los.

FIM

sábado, 4 de setembro de 2010

A Turma do Gabi em: Um passeio Relâmpago Pelo Futuro



A Turma do Gabi em:
Um passeio Relâmpago Pelo Futuro

Autor: Moacir Torres

Nossos amiguinhos Gabi e Geninha foram juntamente com a turma da escola fazer uma excursão na floresta “Canoa de Pau”, localizada numa outra cidade, bem próxima à que eles moravam.
Como Gabi era inseparável de seu cãozinho Fred, resolveu pedir para o monitor se poderia levá-lo na viagem, e o pedido foi aceito. O ônibus parou na frente da escola e todos entraram felizes, pois era o grande dia do passeio pela floresta. Até o vira-lata Fred estava muito feliz. E lá se foram todos, cantando, brincando, contando piadas, sempre sob a visão do professor, pois a floresta era meio distante da cidade. Chegando ao local todos desceram em fila, receberam orientações para não se separarem uns dos outros. Então o professor Zuza chamou todos e adentraram na mata, caminhando por uma trilha já existente. Percorreram a trilha por vários minutos, enquanto caminhava o professor falava sobre as diversas espécies de árvores, flores e frutos existentes em tão pequena floresta. Falava sobre a importância da natureza para com o nosso eco sistema, e também que não devemos jogar lixo nas beiras de rios e nas matas.
Logo adiante, nossos amiguinhos Gabi, Geninha e Fred observaram que tinha uma gruta. Curiosos, resolveram ver o que havia lá dentro, contrariando as ordens do mestre, o professor Zuza. Dentro do recinto, nossos amiguinhos se depararam com uma máquina muito estranha, tipo daquelas dos filmes e desenhos animados, de tele transporte, máquina do futuro mesmo. De repente, surge um senhor alto, com uma túnica roxa que arrastava até o chão e tinha barbas longas e vermelhas. O estranho senhor então, colocou os três dentro daquela máquina e ligou um botão. A estranha engenhoca começou a soltar fumaças de várias cores, raios, faíscas e muito mais. Nossos amiguinhos que se encontravam dentro dela, estavam assustados com tudo aquilo, gritavam pelo professor Zuza, pediam por socorro, tudo em vão...  De repente os garotos e o cãozinho sumiram como que por encanto de dentro da máquina. O velhote feliz e radiante com sua engenhoca gritava: - Funcionou, deu certo, mandei os meninos e aquele cãozinho rabugento para conhecerem o futuro!
Enquanto isso lá na floresta o professor Zuza dava por falta de seus dois alunos e do cãozinho, haviam se perdido na vasta floresta. Então o professor resolveu que todos retornassem para pedir a ajuda dos bombeiros, pois eles são treinados para salvamento nas florestas e evitariam que outros se perdessem.
Enquanto isso lá na gruta; o velho simplesmente transportou nossos amiguinhos Gabi, Geninha e o vira-lata Fred para o ano de 2019. Consequentemente nossos heróis também ficaram dez anos mais velhos, já eram adolescentes. Foram levados para a selva amazônica, pois aquela florestinha de onde eles partiram já nem existia mais naquele ano devido ao desmatamento desenfreado e construções irregulares. Gabi e Geninha acharam muito estranho tudo aquilo, eles se espantaram, de repente estavam mais velhos, e o pior de tudo, sozinhos no meio daquela floresta sem fim. Ainda estranhando as mudanças no corpo, resolveram caminhar pela mata dentro. Os garotos gritavam por ajuda e o cãozinho Fred dava latidos fortes, para quem sabe, alguém os escutasse e viesse ao seu encontro.
Depois de andarem por um bom tempo, encontraram um rio com águas límpidas, que dava até pra ver os peixinhos nadando dentro dela. Ficaram mais espantados ainda, pois achavam que quando fossem maiores não iriam encontrar a natureza intacta e bela. Então pararam, beberam daquela água fresquinha e lavaram os rostos, pois estavam suados devido ao calor que fazia na mata. O cão Fred foi mais longe, deu um mergulho daqueles. Então nossos jovens heróis também resolveram tomar um banho. Quando estavam se banhando felizes, Fred viu uma gigantesca cobra e começou a latir forte, Gabi e Geninha saíram rapidamente do rio, se vestiram, saíram em disparada e subiram em um grande tronco. Infelizmente o vira-lata Fred não conseguiu subir e caiu ao chão. A cobra se enrolou no pobre cão, que não tinha fôlego para latir. Nossos amiguinhos viram a cena toda lá do alto da árvore. Quando a cobra já se preparava para comer o cão, apareceu o velhote da gruta e soltou um raio com seu cajado sobre o bicho, ela largou o animalzinho e se embrenhou na mata. Eles desceram e correram para socorrer o Fred, que por sorte não foi devorado por aquela cobra sucuri. Quando foram agradecer o velhote, esse havia desaparecido como fumaça. Os três continuaram a caminhada. Depois de muito andar pela floresta, já estavam exaustos e achando que jamais sairiam com vida daquela selva, só por um milagre. Parece que o velhote leu os pensamentos de Gabi, e como num passe de mágica, surge na frente deles novamente, o maluco velhote da gruta, aquele de barbas vermelhas. Então ele apontou o cajado de cristal na direção dos nossos jovens heróis e foi dizendo: - Vocês já viram que a Amazônia do futuro ainda continua preservada, é claro que ela não está do tamanho que era em 2009, mas o mundo veio se conscientizando da importância dela para a salvação do planeta e mandou muita ajuda para que ela não fosse devastada completamente. Então uma luz forte saiu do cajado de cristal e envolveu nossa turminha, os levando para o mesmo local e ano em que viviam, ou seja, em 2009. Eles ficaram felizes de terem retornado como crianças novamente. O cenário que encontraram na gruta era só de folhas e pedras, não havia nenhuma máquina do tempo, nem tampouco um velhote de barbas ruivas e túnicas longas. Ficaram espantados com tudo, ficaram sem saber o que realmente havia lhes acontecido. Gabi dizia – Será que nós dormimos e sonhamos com isso tudo, ou realmente aconteceu?
A essa altura os bombeiros já estavam à procura dos meninos desaparecidos, e logo um deles avistou o cãozinho Fred saindo da gruta. O bombeiro começou a gritar de felicidade por ter encontrado eles: - Estão vivos, graças a Deus estão todos bem!  Então os nossos heróis bombeiros levaram o trio para a cidade, onde seus pais estavam tristes, já achando que eles tinham morrido. Senhor Seixas e Dona Gê quando viram seus dois filhos ali, sãos e salvos, começaram a chorar de alegria e felicidade. Depois agradeceram o Capitão Denis, do corpo de bombeiros da cidade por terem achado e resgatado com vida seus filhos e o cãozinho. Professor Zuza deu uns puxões de orelha nos fujões, eles prometeram que jamais iriam se afastar dos amigos nas próximas excursões.
Depois que tudo estava calmo e em paz, Gabi e Geninha começaram a contar para seus amiguinhos de escola o que havia acontecido com eles. É claro que todos achavam graça das histórias do Gabi e de sua irmã Geninha, mas não acreditaram em nada que eles diziam. O cãozinho Fred começou a latir em direção do jardim da escola. Então todos correram para ver porque o vira-lata latia constantemente, e todos viram o velhote de barbas ruivas por segundos até sumir com a velocidade da luz. Eles se entre olhavam e ficaram boquiabertos diante daquela aparição. Daquele dia em diante passaram a acreditar e a dar mais valor nas palavras do amigo Gabi.
Nossos heróis aprenderam muito com esse fato. Talvez o velhote fosse um ser de luz enviado por Deus, para mostrar aos pequenos e ao mundo, que se não começarmos desde já a respeitar e a dar mais valor pra nossas matas, e principalmente para a nossa Amazônia, quem sabe em 2019, 2050, ela não estará tão bela e conservada como estava nesta história. Quem sabe nem existirá!

FIM

A TURMA DO GABI NA AMAZÔNIA



A TURMA DO GABI NA AMAZÔNIA
Autor: Moacir Torres

Faltavam ainda alguns dias para o feriado prolongado que começaria na quinta e ia até o domingo, e o Gabi já estava fazendo planos de onde iriam passar esses dias. Então chegando a casa, Gabi e Geninha esperaram o pai chegar do trabalho e deram uma sugestão para ele. Como sempre iam pro sítio do primo Lorenço nas férias, que tal aproveitar o feriadão e conhecer um pouco a Amazônia? Senhor Seixas achou legal a sugestão dos filhos e resolveram que iriam conhecer a Amazônia. Por coincidência o pai do Serginho Bacana, o melhor amigo de escola do Gabi tinha um rancho próximo a cidade de Parintins, localizada naquela localidade. Então os pais de Bacana cederam o rancho e autorizaram que o filho fosse junto com eles. Passaram alguns dias e chegou à hora da viagem e o senhor Seixas já estava com o porta malas de seu carro tão cheio, que não cabia mais nada. – Vamos embora pessoal! Dizia ele feliz. Todos entraram no carro e saíram em viagem para Parintins, na Amazônia.
A viagem seria longa, várias horas até chegarem ao destino final. A turminha cantava, faziam uma folia no banco traseiro do veículo, enquanto o pai dirigia com atenção redobrada, pois a estrada era perigosa, e nos feriados prolongados geralmente aconteciam muitos acidentes por aqueles lados. É claro que ele não queria que nada acontecesse a sua família e ao convidado. Todos devem estar dizendo – E o cãozinho Fred não foi nessa viagem? Errado, ele tanto foi que estava fazendo a maior bagunça com a garotada.
Logo adiante senhor Seixas parou para abastecer e fazer uma rápida revisão no carro, para depois seguir a viagem tranqüila.  Dona Gê e as crianças foram ao restaurante comer alguma coisa. Meia hora depois já estavam todos prontos para retornarem para a estrada.
Mais duas horas e eles estariam em Parintins, pequena cidade amazonense, onde todos os anos acontecem a Festa dos Bois Garantido e Caprichoso.  – Olha lá, a cidade, deve ser Parintins! Disse Gabi todo feliz. Chegando à cidadela, pararam em uma linda praça e todos foram conhecê-la melhor. Tudo era enfeitado com motivos referentes à festa dos bois.
Então o pai deles se informou com um senhor, como faria para chegar até o rancho. O bom velhinho então lhe ensinou o trajeto, era bem próximo dali, a beira de um grande rio. Então todos foram para a estrada novamente. Uns vinte minutos de viagem e lá estavam eles ao lado do rancho. –Meu Deus! Gritou Geninha. – Nós vamos ficar aqui.
-Claro! Disse o irmão Gabi. –É um rancho simples, mas uma boa limpeza e ele ficará aconchegante, então todos ao trabalho! A garotada juntamente com seus pais colocou a mão na massa e deixaram o rancho limpinho e bem arejado em pouco tempo.
Já estava chegando à noitinha, e por lá não havia energia elétrica, tinham que acender lamparinas e lampiões. Dona Gê foi logo fazendo uma gostosa refeição pra todos, pois eles estavam mortos de fome da longa viagem e da trabalhada na limpeza do rancho. Todos sentaram ao redor da grande mesa e comeram como nunca. Depois todos foram dormir em pequenos colchões e redes que tinham levado. O cãozinho Fred foi o único que não se recolheu e saiu pra fora do rancho farejando algo. De repente! Vruummm! Uma coruja deu um vôo rasante sobre ele, e o danado do vira-lata saiu em disparada  e entrou para dentro latindo assustado. Então senhor Seixas pegou o lampião e saiu pra ver o que era, e viu uma coruja sentada na cerca que fechava o rancho. Entrou e disse: - Vamos todos dormir, foi só uma coruja que assustou o peralta do Fred!
Amanheceu o dia e todos estavam felizes por estarem ali num pedacinho da Amazônia, era um passeio bem diferente de todos que eles já haviam feito. Gabi tinha tanta vontade de conhecer a floresta “amazônica”, pois seu herói preferido, o Papo Amarelo, era um defensor da Amazônia. Ele já tinha visto nos gibis em quadrinhos e em livros algumas aventuras. Serginho Bacana falava para o amigo Gabi: - Já pensou se ele fosse de verdade e aparecesse por aqui, ia ser o máximo! Deixa de onda Bacana, é só história, imaginação do escritor! Dizia Geninha. Gabi convidou Bacana, Geninha e Fred para irem conhecer o rio que passava ao lado do rancho. Chegando lá eles viram uma canoa na margem, Gabi foi logo falando: - Vamos dar uma voltinha por aí nessa canoa? Todos concordaram e lá foram eles, enquanto Serginho Bacana a empurrava para dentro da água. Quando eles estavam a uns cinqüenta metros da margem do rio, avistaram um enorme jacaré que vinha na direção da canoa. Todos ficaram assustados e começaram a gritar pelos seus pais. Senhor Seixas e Dona Gê correram até a margem, mas pouco podia fazer a não ser gritar por socorro! A canoa descia desgovernada rio abaixo, até que surge do nada uma lancha enorme com pintura camuflada de verde, e dentro dela Papo Amarelo, o herói de quem a turminha do gabi era fã. Então ele colocou as crianças e o cãozinho na lancha e subiu rio acima, deixando todos no lugar de onde saíram, e sem o consentimento dos pais. Antes de partir o herói ainda disse: - Este lugar é muito lindo, mas tomem cuidado com seus filhos, pois a selva é traiçoeira e esconde diversos perigos para quem ainda não conhece a região.
Ele subiu na lancha e desceu rio abaixo. Todos entre olharam espantados: - Será que é o Papo Amarelo, acho que estamos sonhando acordados! Dizia o Gabi. Depois de levarem uma bronca dos pais, todos voltaram para o rancho para se alimentarem e tomarem um pouco de suco de maracujá para se acalmarem.
Eles ficaram por ali uns três dias, pescaram, nadaram, colheram frutos da mata e se divertiram a valer. Já estava chegando à hora da volta, todos ajudaram a carregar as coisas até o carro. Pouco depois Senhor Seixas acelerou o automóvel para apressar o pessoal. Todos entraram e o carro saiu vagarosamente pela estradinha que ia para a rodovia. Todos olhavam para os lados até que Gabi gritou: - Pare o carro, pai! Olha quem está sobre aquela árvore! Então ele parou o carro, olhou para cima e viu o Papo Amarelo acenando com as mãos. Todos acenaram e ele sumiu por entre as árvores. – Nossa! Se eu contar isso pros meus amigos de trabalho, eles vão falar que eu ando lendo muitas histórias de heróis! Todos começaram a rir, até o vira-lata Fred começou a latir.
A viagem de volta continuou, estava mais tranqüila, pois as crianças estavam mais quietas, dormiam mais do que brincavam.
Depois de várias horas na estrada, chegaram a sua cidade. – Bom pessoal! Estamos em casa, graças a Deus correu tudo bem, tanto na ida quanto na volta!
Na segunda-feira Gabi, Geninha e Bacana estavam quietos na escola, não falavam nada sobre a viagem, até que um dos amiguinhos perguntou para o Gabi: - E aí Gabi, você não tem nenhuma história pra nos contar sobre a viagem que você fez com seus pais até a Amazônia? Então o Gabi rompeu o silêncio e disse: - Bom pessoal, na Amazônia nós conhecemos o Papo Amarelo! Todos ficaram quietos. De repente foi uma gargalhada só... Eles riram porque achavam que o Gabi e seus amigos estavam inventando tudo.

FIM


AS AVENTURAS DO ELEFANTINHO KOKITO



AS AVENTURAS DO ELEFANTINHO KOKITO
Autor: Moacir Torres

Há uns anos atrás havia no Brasil muitos circos, e alguns vinham de outros países e tinham como atrações, diversos animais. Havia também muitas reclamações sobre os donos de alguns desses circos, que os maltratavam, colocando-os em jaulas tão pequenas que mal cabiam dentro delas.
Os governantes da época ficaram sabendo que alguns desses circenses estavam judiando desses inocentes bichos, então resolveram criar uma lei que não permitia as apresentações em circos, de animais como: leões, tigres, ursos, cães, elefantes e muitos outros.
O que ocorreu então foi que os donos dos circos doavam seus animais para alguns zoológicos. Só que entre eles tinham alguns maldosos que preferiam abandonar os coitados em estradas e cidades, dentro de jaulas ou amarrados em árvores.
Um desses circenses deixou um pequeno filhote de elefante amarrado em uma árvore, perto de uma cidadezinha do interior. O bichinho ficou várias horas ali preso, com fome e sede, até que Lorenço e seus amiguinhos voltavam da escola, vira o animalzinho triste. Então foram todos para desamarrá-lo, Lorenço resolveu levá-lo até o seu sítio.
Os pais do garoto resolveram cuidar do elefantinho, que logo recebeu o nome de Kokito. O bichinho virou o xodó dos moradores da redondeza, principalmente das crianças, que iam visitá-lo sempre.
Kokito ficou muito famoso, era tratado tão bem por Lorenço e sua família, que nem tinha comparação com a vida que levava no circo. Ele só não era completamente feliz, porque sentia a falta de seus pais que haviam falecido quando ele ainda era bebê. O caminhão que os levava, caiu em uma ribanceira, levando os elefantes ao óbito. Passou o tempo e ele conheceu outros bichos que já moravam no Sítio do Lorenço e viviam harmoniosamente, corriam pelas matas, nadavam nos rios e não lhe faltava nada. Isso fez com que o pobre do elefantinho não ficasse lembrando de seus pais.
Muitos circos ainda existem e é a alegria de adultos e crianças por onde passam, só não levam mais bichos como atrações. As atrações hoje em dia são: mágicos, equilibristas, palhaços, trapezistas, bailarinas e muitas outras atrações legais.
Os animais devem viver em seu habitat natural, reservas ecológicas ou em zoológicos, onde são tratados com carinho, boa alimentação e cuidados médicos, para que vivam bem. Kokito continua sempre rodeado de seus novos amigos do sítio, e outros bichos que vivem nas matas próximas.
Como todo animal de grande porte não pode ser criado fora de zôos, o Vovô Nico e os pais de Lorenço foram até o IBAMA e conseguiram uma autorização especial para criar Kokito no sítio.
O elefantinho está tão feliz e radiante, pois a família de Lorenço o acolheu ali e cuidam dele com muito carinho, como fazem com qualquer animal do sítio. E assim nosso amiguinho Kokito fez novos amigos, e nem se lembra mais das coisas ruins que aconteceu com ele e seus outros amigos bichos de circo.
Vocês já pensaram como Kokito teve sorte em encontrar a família do Lorenço, que cuida dele com muito amor e carinho, caso isso não acontecesse nós não estaríamos contando esta bela história, e o melhor de tudo, com um final feliz.

AS FÉRIAS DA TURMA DO GABI NO SÍTIO DO LORENÇO.



AS FÉRIAS DA TURMA DO GABI NO SÍTIO DO LORENÇO.

Autor: Torres

Gabi, Geninha e seu cãozinho Fred foram passar as férias escolares no sítio do Vô Nico e do primo Lorenço. Dessa vez as férias seriam ainda melhores, pois iriam conhecer o famoso elefantinho Kokito, que seus avôs haviam salvado das mãos do ex-dono dele, um circense muito ruim. Gabi e Geninha ficaram sabendo de toda a triste história que tinha acontecido com o animalzinho e ficaram muito chocados de saber que alguns dos circenses maltratavam os animais que se apresentavam em seus circos. Agora Kokito vivia feliz no sítio, junto com seus outros amiguinhos bichos. O elefantinho havia se tornado uma celebridade nas redondezas, ainda mais depois que o repórter Juca Legal fez uma linda reportagem sobre o animalzinho. O jornal teve que dobrar a tiragem, devido à curiosidade de moradores de cidades vizinhas e até da capital. Infelizmente dois malandros de uma cidade ao lado viram a notícia do elefantinho no jornal e resolveram tirar proveito de toda essa popularidade do Kokito. Então resolveram seqüestrar o pobrezinho para ganharem um trocado com ele. Numa noite de lua cheia, os dois se dirigiram até o sítio para roubarem o bichinho. Chegando ao local, os malandros colocaram o caminhão encostado em um barranco e foram até o paiol onde o elefantinho dormia tranquilamente. Chegaram lá, amarraram o animalzinho e o levaram com muito custo até próximo ao caminhão. Na hora em que eles estavam empurrando Kokito para cima do veículo, eis que surge Vô Nico empunhando uma velha espingarda que nem funcionava mais. Os dois malandros trapalhões, quando viram Vô Nico apontando a velha espingarda na direção deles, ficaram com tanto medo que pegaram o caminhão e trataram de fugir rapidamente dali. “Claro que o Vô Nico correu riscos, pois se eles estivessem armados tinham disparado contra ele, ainda bem que isso não ocorreu”. Com tanto barulho, logo apareceu Vó Dite e seus três netos correndo e assustados. Depois que o vô contou o ocorrido eles levaram Kokito de volta para o paiol. O elefantinho ficou tão feliz que começou a passar a tromba nos rostos da garotada e de Vô Nico.      No outro dia bem cedo todos foram até a cidade, comunicar o
acontecido ao delegado.        Então, Doutor Julião prometeu a todos que iria fazer uma
investigação pra saber quem eram os malandros trapalhões que tentaram raptar o famoso elefantinho Kokito. Os moradores da pequena cidade ficaram assustados com o ocorrido, pois por ali não acontecia nada disso, a não ser pequenos casos de roubo de galinhas. Chegando a casa, os garotos foram ver o elefantinho que banhava no pequeno córrego que cortava o sítio. Então Lorenço, Gabi e Geninha resolveram dar um mergulho e brincar com Kokito.
Enquanto isso o delegado Julião juntamente com o soldado Manéco foram até o sítio e descobriram próximo ao barranco onde os atrapalhados malandros tentaram seqüestrar o elefantinho, os documentos de um caminhão, que era de uma cidade vizinha. Então o delegado informou ao Vô Nico que havia achado os tais documentos e que iria investigar nas redondezas para ver se achava os dois ladrões atrapalhados.
Enquanto o delegado Julião fazia suas diligências, nossos amiguinhos se divertiam no sítio, sempre acompanhados do famoso elefantinho e do vira-lata Fred. Certo dia Lorenço chamou seus primos para irem até o local onde o Vô Nico tinha sua plantação de melancias, para colher uma para a sobremesa do almoço. Chegando lá eles constataram que as melancias tinham sido arrancadas e levadas embora. Então voltaram e contaram para o avô, que logo pegou seu caminhãozinho e foi contar ao delegado, de mais essa maldade. Chegando à delegacia ele ficou espantado com o que viu. O delegado Julião havia seguido o caminhão, e viu toda a ação dos malandros, e deu voz de prisão para eles. Na delegacia os trapalhões confirmaram que tinham tentado roubar o elefantinho Kokito para ver se ganhavam uns trocados, tudo em vão.
Então Vô Nico voltou para o sítio todo feliz de saber das boas notícias. Pois os dois larápios já estavam presos e não iriam fazer nenhum mal a ninguém. Quando chegou, contou para todos da casa a proeza do delegado Julião, em prender os bandidos que estavam causando todos aqueles transtornos. Depois eles se abraçaram felizes e aliviados. Do lado de fora da casa, Kokito e os outros animais também ficaram alegres, pois já podiam andar livres e sem medo pelo sítio.
Passou uma semana e o Seu Seixas chega ao sítio para buscar os filhos Gabi, Geninha e
o cãozinho Fred, pois as férias já estavam acabando e eles teriam que voltar às aulas. Então nossos amiguinhos se despediram dos avôs e do primo Lorenço e partiram acenando as mãos pela janela do automóvel. O elefantinho Kokito por sua vez, balançava a tromba todo feliz, pelos dias que passou ao lado dos primos do Lorenço.
E assim todos voltaram a seus afazeres, e a paz voltou a reinar naquele lindo lugar, que é o sítio do Lorenço.


GABI E O PÉ DE AMEIXAS



GABI E O PÉ DE AMEIXAS
Autor: Moacir Torres

Na rua onde Gabi e Geninha moravam, havia uma antiga casa com um
 lindo jardim repleto de flores e árvores frutíferas. Entre essas
 árvores, havia um enorme pé de ameixas.
 Quando era época de floração, precisa ver, ela ficava carregadinha de
 flores brancas que, quando caíam no chão, pareciam flocos de neve.

 Gabi, Geninha e o vira-lata Fred gostavam de passar por lá no
 pôr-do-sol para ouvir o canto dos passarinhos, que mais pareciam uma orquestra sinfônica. Isso sem contar com a enorme sombra que a ameixeira fazia. Era uma
 delícia ficar embaixo dela lá pelo meio-dia, quando os raios do sol são mais fortes.
 Gabi e seus amiguinhos da rua já haviam provado daquelas ameixas
 amarelinhas e saborosas, que só de pensar já davam água na boca. 

Mas certo dia, o Senhor Júlio, proprietário da casa, viu que a ameixeira crescera
 demais e suas enormes raízes estavam destruindo todo o cimentado do
 quintal. Então resolveu cortá-la pela metade, deixando só o tronco.

Os passarinhos voaram até o muro que cercava o quintal e juntamente com
 Gabi, Geninha, Fred e os moradores da rua, foram prestar a última
 homenagem para a querida ameixeira, que parecia estar chorando, pois
 soltava de seu tronco gotas de água que pareciam lágrimas.

 O Seu Júlio comunicou a todos que também não gostaria de cortá-la. Foi
 obrigado a fazer aquilo, porque senão as raízes da ameixeira iriam
 afetar a estrutura da casa, que já era um tanto antiga. Então fez uma
 promessa para todos que estavam ali: iria plantar outro pé de ameixas,
 só que, desta vez, bem longe da casa.
Gabi e toda a vizinhança sorriram quando ouviram as belas palavras do
 Seu Júlio. Os passarinhos também pareciam que tinham entendido o
 acontecido e começaram a dar vôos de alegria.

 Por isso, meus amiguinhos,quando forem plantar uma árvore no quintal de
 casa ou na calçada, devem fazer um buraco fundo e em local onde não
 tenha por
 perto: cimentados, muros ou paredes. Senão, quantas vezes iremos ver
 esta história se repetir?

As Aventuras das Maluquinhas em Floresta Azul



As Aventuras das Maluquinhas em Floresta Azul
Autor: Moacir Torres

Certo dia, cinco garotinhas muito estranhas chegam a uma cidadezinha do interior do país. Surgiram do nada, ninguém viu chegando. Diziam os pacatos moradores de Floresta Azul que durante a noite um forte clarão surgiu por trás das montanhas e que as extravagantes garotinhas foram enviadas do céu. Outros falavam que elas eram artistas e que estariam ali para se apresentarem em algum show.
Em alguma coisa eles estavam certos, pois essas estranhas crianças vieram de uma estrela bem distante e foram enviadas à Floresta Azul para juntamente com a população, lutar pela preservação das matas, rios e animais. Essas cinco meninas foram morar em uma casa perto da cidade e passam a viver com Vovó Belinha, a proprietária da casa.
Em Floresta Azul todos passam a conviver pacificamente com as meninas, pois elas estavam sempre prontas a ajudar a quem precisasse.
Chuvita, a mais velha da turma é quem dita às regras, ou seja, quem orienta as outras quatro, pois ela sabe conduzir as coisas com muita sabedoria. Em seu planeta de origem elas tinham outra forma física, mas quando foram enviadas à terra se transformaram em crianças,um tanto diferentes das demais,mas idênticas. Corria tudo bem em Floresta Azul até que apareceu por lá um homem que dizia ser empresário e estava ali para montar uma empresa, já chegou com idéias esquisitas e o povo ficou muito preocupado.
As Maluquinhas (nome dado pelos moradores) também ficaram sabendo da chegada do ilustre visitante e resolveram procura-lo. Chegando ao hotel onde ele estava hospedado, elas foram expulsas por dois homens, que diziam serem os seguranças dele.
A população ficou sabendo do ocorrido e ficou revoltada com a atitude que o visitante teve com As Maluquinhas.
Eles se reuniram na pracinha e logo em seguida seguiram para frente do hotel para terem uma conversa séria com o tal homem do progresso. Quando chegaram lá, ficaram sabendo que ele havia comprado o hotel da Dona Josefina. Eles ficaram ainda mais preocupados, pois a velha Josefina jamais se desfez do seu humilde hotel.
Então o Sr. Jones resolveu receber as meninas, o prefeito e alguns representantes da cidade. Foi uma reunião às portas fechadas. Lá eles ficaram sabendo com detalhes minuciosos os planos do empresário.
A idéia do Sr. Jones era de desmatar uma área da reserva florestal da cidade para construir uma usina para exploração e beneficiamento de minérios. Todos saíram mais preocupados ainda, pois eles achavam que com isso, toda aquela beleza natural iria ser parcialmente destruída. Chuvita, Neguika, Caxita, Fininha e Chaminha (As Maluquinhas) foram para casa e resolveram que iam ajudar os moradores a colocarem o Sr. Jones e seus amigos para fora de Floresta Azul. Durante a noite,quando toda a cidade já se encontrava muito calma, elas foram pelos fundos do hotel e como num passe de mágica, transformaram-se em raios de luz coloridos, que penetrou parede adentro. Já no interior do hotel elas caminharam em direção ao quarto onde se encontrava o maldoso visitante.
Com suas visões privilegiadas, as meninas enxergaram do lado de dentro do quarto, seres muitos diferentes daqueles que se apresentavam para os moradores da cidade. Eles eram na realidade habitantes de um planeta próximo ao das Maluquinhas. Todos tinham aparência de monstros, e o tal Sr. Jones, era horripilante.
Na verdade eles estavam ali para destruir tudo e perseguir as pequenas Maluquinhas. Como eles também tinham super poderes, logo perceberam a presença delas e começaram a persegui-las. Então as meninas se esconderam no porão do velho casarão, e lá resolveram que iriam enfrentar os terríveis vilões.
Elas deram as mãos e uma forte luz as envolveu, transformando-as em verdadeiras heroínas, com armaduras que as protegiam de qualquer arma. Saíram e deram de frente com aqueles horríveis vilões, que lançaram rajadas contra elas. Só que as rajadas eram como bumerangues, não as atingiam e voltavam na direção deles, paralisando aqueles monstrengos. Com o enorme barulho que fazia no hotel, os moradores da vizinhança acordaram assustados e foram ver o que estava acontecendo.
Chegando lá os moradores se depararam com As Maluquinhas que tinham prendido aqueles monstros horrorosos. Então, os moradores aplaudiram as pequenas heroínas. Elas agradeceram à recepção e a acolhida e como num passe de mágica surgiu novamente aquela luz forte que as conduziram juntamente com os vilões para o infinito universo estrelado. Vovó Belinha ficou triste porque suas netinhas postiças foram embora, mas por outro lado ficou muito feliz por saber que foram elas que não deixaram que destruíssem as matas, os rios e os animais que ela tanto gostava.
A população até hoje está sem entender nada, mas todos estão felizes e contentes porque o tal “Sr. Jones e seus amigos” desapareceu, e a cidade continua muito bonita e protegida. Pois eles sabem que se algo de ruim estiver para acontecer, certamente aquelas meninas iluminadas voltarão a ajudá-los, estejam elas onde estiverem.  
Dona Josefina voltou a cuidar do hotel, que vive cheio de hospedes, pois chegam crianças e adultos de várias partes do país, para conhecer a cidade onde um dia, seres encantados conseguiram expulsar monstros que queriam acabar com a reserva natural e os animais de Floresta Azul.
“Proteja e preserve as áreas verdes de sua cidade, e a natureza lhe presenteará com muita qualidade de vida.”